20090205

Natarāja


Os mitos associados a Shiva Dançarino Cósmico descrevem dois tipos principais e antagônicos de dança:

  • Tāndava, a manifestação dançante irada do deus, dança feroz, efusão violenta e frenética das energias divinas, instigada por uma energia explosiva e arrebatadora, insinua o bailado guerreiro cósmico, cujo objetivo é despertar as energias destrutivas que irão destruir o inimigo; é ao mesmo tempo, a dança triunfante do vitorioso.

  • Lāsya, a expressão benigna bailada de forma suave, doce e lírica, que exprime as emoções do amor e da ternura.

  • Shiva e Vishnu se alternam nos mitos de expansão, manutenção e contração do universo manifesto.

    Shiva, como demiurgo, baila sua dança ao mesmo tempo arrebatadora e enternecedora enquanto Vishnu repousa e sonha reclinado sobre as ondulações de Ananta, a serpente cósmica que ondula nas águas viventes do oceano primordial.

    Vishnu adormecido sente a impetuosa dança de Shiva (será que foi sonho?), e se agita sobre Ananta, que pergunta ao deva o que perturba seu sono, seu sonho, ao que Vishnu responde que nada o perturba, apenas se deixou estasiar pela dança de Shiva.

    Ananta então manifesta o desejo de ter a oportunidade de aprender a se mover com tal graça e Shiva lhe concede a graça de uma encarnação humana. E da conjunção do ensejo de Anata e da graça de Shiva, dizem , nasce Patanjali, filho da yoguini Gorika.

    Obs.:
  • Ananta (que significa Infinito) também é chamada Shesa (que significa o Remanescente, o resíduo)

  • nos dicionários, ondular, agitar-se, movimentar aparecem como sinômimos de dançar.

  • + O simbolismo de Shiva-Natarāja

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