20080718

Pratique enquanto o Estúdio muda de endereço - II

Aos sábados tem aula aberta na E.E.P.S.G. Prof. Camilo M. Paula
a partir das 15h30.
As aulas integram o Progama Escola da Família,
onde atuo como Educadora Voluntária.

Leve uma kanga ou uma toalha de banho/praia
(ou algo que sirva para ficar entre o chão e você, como um lençol).
Se você tem dificuldade em ficar deitado,
relaxando de olhos fechados leve uma toalha de mão
ou um lencinho para colocar sobre os olhos.


Obs.:
Aula aberta é aula gratuita,
que não requer pré-requisito
e que qualquer pessoa pode participar.


A escola se localiza na R. Walter Pimentel s/n


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20080715

A moça do vestido vermelho



Ouvi esse conto pela primeira vez narrado por José Antônio Machado Filla, durante o curso de Extensão Universitária de Formação e Aperfeiçoamento em Yoga da Faculdade de Educação Física – UniFMU no ano de 2005.

Havia um vilarejo ligado à uma vila por uma estrada poeirenta que podia ser percorrida em meio dia, a pé. E bem perto da vila, a estrada passava às margens de um lago.

Ao nascer do sol, partiu do vilarejo em direção à vila uma moça vestindo um sari* branco, e algumas horas mais tarde, outra moça trajando um sari vermelho seguiu o mesmo caminho.

A moça de sari branco chama-se Verdade e a de sari vermelho, Mentira, e ambos os saris eram magníficos.

Ao passar às margens do lago, a moça vestida de branco resolveu se limpar do pó da estrada, afinal o dia estava quente e ela estava coberta de poeira, e o que ela tinha para dizer para os habitantes da vila era muito importante e merecia zelo.

A moça vestida de branco tira o sari e o deixa repousando nas margens do rio, enquanto se refresca do calor do dia e se livra do pó da estrada. E acaba se demorando... Demora tempo o suficiente para que a moça vestida de vermelho também alcance as margens do lago, e também resolva se lavar brevemente e encontre o sari branco.

A moça que usava vermelho acha que o sari branco é muito mais bonito do que o dela, e rapidamente se troca, e coloca o seu sari vermelho no lugar onde encontrou o sari que ela agora veste. E ligeira, segue em direção à vila, onde é muito bem recebida por seus habitantes.

A moça que vestia branco se dá conta que se demorou na frescura, e procura seu sari branco, mas em seu lugar encontra um sari vermelho. Decide não tomar posse do traje que não é seu, e segue despida para a vila. Lá chegando, não é bem recebida pelos moradores da vila, e rapidamente, retorna às margens do lago para se refazer do susto e dos maus tratos.

Decidida, acima de tudo, a comunicar-se com os habitantes da vila, ela se limpa e se organiza novamente e veste o sari vermelho, segue em direção à vila, onde é recebida com festa por seus habitantes, que escutam tudo o que ela tem para dizer.


Podemos aprender com esse conto:
· que é fácil aceitar uma mentira como sendo verdade;
· que a verdade nua e crua pode ser difícil de encarar, porém é simples compreender a verdade vestida de mentira (mito/parábolas/fábulas).

* Sari – traje utilizado pelas mulheres na Índia.
* Como vestir um sari (modo mais conhecido)
* As muitas formas de vestir um sari.

20080714

Pratique enquanto o Estúdio muda de endereço - I

Quem fez Oficina de TPM tem um guia (informação) de algumas seqüências de asanas que podem ser feitos todos os dias, recordando as orientações que foram dadas durante a prática da oficina.
Podem ser feitas todas as seqüências, ou alguma(s) dela(s), dependendo do tempo disponível.

Lembre-se:
* reserve esse tempo de praticar para você:
você vai namorar sua alma durante este período.
* reserve um local e o material que você vai precisar.
* reveja as seqüências e perceba quais asanas você se recorda: faça apenas o que está vivo na memória do corpo.
* inicie a prática se observando um pouco e aguçando seus sentidos.
* finalize a prática com um relaxamento de 5 minutos ou mais.
* Se desejar, sente-se em silêncio depois do relaxamento
e observe o estado de sua mente.


Aqui cabe um aviso/alerta para quem já fez a oficina de TPM:
os melhores resultados para a diminuição dos sintomas da TPM são obtidos pela pela prática diária de asanas e por mudanças dos hábitos indesejáveis.
Somente mudar a dieta não ‘deleta’ os sintomas da TPM.

(Vivência pessoal:
em cerca de 12 anos de alimentação observada/regrada não obtive um décimo dos resultados de 3 meses de prática diária de Hatha Yoga!)

Aqui é um canal de contato, para ajudar a manter uma prática pessoal.
Podem escrever o que precisam nos comentários.
Por exemplo:
* Se você fez a Oficina de TPM e perdeu as seqüências de asanas, pode pedir outra cópia nos comentários aqui;
* Se está com dificuldades em manter sua prática pessoal, pode me procurar (aqui no blog, por e-mail, antes ou depois das aulas) para uma orientação personalizada.

20080713

De novo!


Em maio deste ano (2008) o artigo da revista eletrônica Absoluta que participei com um depoimento 'bombou'.

Mês passado (junho/2008), bombou de novo!

Agora,
vamos aguardar o retorno das atividades do
após a mudança de endereço,
para oportunidade de participar das
Oficinas Yoga Ciclos de Vida,
que inclui a Oficina de TPM.

20080711

Diretrizes para a Escolha de um Professor, Terapia ou Aula de Yoga

O título do post é de um capítulo do Livro “ Uma Visão Profunda do Yoga, Teoria e Prática” de George Feuerstein, Editora Pensamento. O texto é farol para quem procura um professor de Yoga.

Eu pergunto, e incentivo aos alunos que perguntem, se querem praticar Hatha Yoga orientados por alguém:
· a formação da pessoa;
· quanto tempo a pessoa tem de prática, quando, quanto e como pratica, pois quem se candidata a ser professor deve manter uma prática diária;
· se a pessoa tem conhecimentos de anatomia, fisiologia e cinesiologia;
· se a pessoa estuda os Yoga Sutras;
· se a pessoa procura atualizar seus conhecimentos.

E que se questionem sempre qual é o grau de comprometimento e que tipo de resultados desejam ter com sua prática.


Segue o texto do George, com um link para uma tradução de um outro texto dele com tema correlacionado.


Posso aprender yoga sozinho ou devo procurar um bom professor?

Em primeiro lugar, temos de determinar qual é ou quais são nossos objetivos na prática do Yoga. Temos de saber como queremos encará-lo: como uma disci­plina espiritual, um estilo de vida saudável, um pro­grama rigoroso de condicionamento físico, um trei­namento ocasional de alongamento, um meio de eliminar a tensão ou um sistema de exercícios tera­pêuticos para a autocura.

E claro que, quanto maiores forem nossas expecta­tivas, tanto mais teremos de nos comprometer com a prática e tanto mais precisaremos de instrução e orientação. Se quisermos praticar Yoga para manter a boa forma, na maioria dos casos será suficiente prati­car várias sessões de posturas durante pelo menos trinta minutos por semana. Se tivermos a esperança de usar o Yoga como uma terapia, teremos de prever pelo menos uma sessão diária (de preferência, duas) de posturas e controle da respiração, com duração de trinta a sessenta minutos cada uma, além das mudan­ças dietéticas e outras que nos serão recomendadas por um yogaterapeuta. Se quisermos praticar o Yoga como um estilo de vida, teremos de prestar atenção a todos os seus ensinamentos sobre saúde física e men­tal. E se estivermos interessados no Yoga enquanto disciplina espiritual, teremos de estar preparados para nos dedicar a ele 24 horas por dia pelo resto da vida.

De preferência, os principiantes devem aprender o Yoga (de qualquer espécie) com um professor qualifi­cado, e não por meio de livros ou fitas de vídeo ou de áudio. No caso das posturas yogues, mesmo duas ou três sessões podem ser suficientes para que a pessoa adquira o ponto de vista correto desde o princípio. Às vezes, nós temos necessidades individuais que um bom professor vai identificar ou vai levar em conta quando nos ajudar a formular um programa pessoal. Depois de ter algumas aulas e ouvir os conselhos de um professor qualificado, podemos continuar praticando e explo­rando as posturas do Yoga, etc., sozinhos. Nesse caso, é bom procurar o professor de vez em quando para garantir que não estamos adquirindo maus hábitos na execução das posturas e das outras práticas.

No caso da meditação, é aconselhável praticar ao lado de um professor qualificado até sermos capazes de reproduzir o estado meditativo sem ajuda externa, usando o método particular desse professor. No começo, é bom praticar em grupo, pois o grupo cria uma espécie de "campo de força" que torna a medita­ção um pouco mais fácil para todos.

Antes de decidir que professor ou que aula procu­rar, temos de saber com clareza o que estamos queren­do: ter uma ideia básica de como o Yoga funciona a fim de podermos praticar sozinhos os seus exercícios; receber uma instrução especializada com regularida­de; melhorar nossa motivação, praticando na compa­nhia de outras pessoas; receber instruções acerca dos aspectos espirituais do Yoga; ou obter uma iniciação espiritual de um mestre qualificado.

Quem tem problemas de saúde ou não faz um exame médico há algum tempo deve obter a aprovação do médico antes de começar a praticar as posturas ou o controle de respiração por métodos yogues (ou, aliás, qualquer sis­tema de exercícios físicos). Isso não é necessário para a prática da meditação.


Como encontrar um professor ou um yogaterapeuta qualificados?

É difícil recomendar este ou aquele professor, pois as personalidades e os métodos de ensino variam imen­samente e nem sempre a mesma personalidade ou o mesmo método funcionam para todos. O mais impor­tante é que os praticantes compreendam que existe uma grande diferença entre um professor de Yoga e um guru. Este último exigirá muito mais dos seus alu­nos. No que diz respeito ao Hatha-Yoga, que parece ser o principal interesse da maioria das pessoas, ainda não existem padrões estaduais ou nacionais* que determinem o que e como se deve ensinar em aula. Por isso, encontramos toda espécie de tendências, formatos e critérios. Alguns "professores de Yoga" — especialmente os que ensinam nas academias de ginástica — não passam de instrutores de condicio­namento físico com alguns dias de treinamento em posturas de Hatha-Yoga. Caveat emptor!

A Yoga Alliance, sediada na cidade de West Read-ing, Pensilvânia, EUA, está procurando estabelecer alguns padrões gerais para os professores de Yoga nos Estados Unidos.

Atualmente, ela forma profissio­nais de Yoga com um currículo mínimo de duzentas horas, que inclui técnicas, metodologia de ensino, anatomia, fisiologia e um pouco de filosofia e histó­ria. Em janeiro de 2002, o Yoga Research and Educa-tion Center (YREC) complementou essa iniciativa e lançou um programa de treinamento de setecentas horas distribuídas ao longo de dois anos. O YREC também reconhece a necessidade de uma formação contínua e está agora mesmo elaborando cursos intensivos dirigidos aos profissionais por ele formados e a outros professores qualificados.

Para encontrar um professor ou uma turma de pra­ticantes, podemos questionar os artigos ou a bibliote­cária local, examinar os quadros de avisos dos restau­rantes e casas de produtos naturais ou consultar as listagens das revistas de Yoga; existem também mui­tos recursos na internet. Em seguida, temos de nos sentir à vontade para fazer perguntas constrangedoras (por exemplo: quais são as credenciais do professor?) e ventilar nossas possíveis preocupações. Se o nosso interesse se dirige sobretudo às posturas de Hatha-Yo­ga, temos de perguntar especificamente qual é o esti­lo de Hatha-Yoga que o professor segue. Alguns esti­los — especialmente o chamado Power Yoga, o Ashtanga-Yoga e o "Hot Yoga" — exigem uma exce­lente capacidade atlética e são muito puxados. O esti­lo lyengar é bastante rigoroso, ao passo que o estilo Viniyoga de posturas é um fluxo de asanas feito sob medida para cada pessoa.

Como acontece com os professores, também para a formação dos yogaterapeutas não existem padrões gerais aceitos. Muitos supostos yogaterapeutas não passam de professores de Yoga que usam posturas e o controle da respiração para fins terapêuticos. Os yogaterapeutas plenamente qualificados são raros. A International Association of Yoga Therapists (IAYT) está fazendo um esforço para melhorar essa situação. Foi fundada em 1989 por Richard Miller e Larry Payne, ambos Ph.Ds., e dez anos depois tornou-se uma divisão do YREC.


O que devo fazer se não tiver acesso a um professor ou uma turma de praticantes?

Tradicionalmente, o Yoga sempre foi uma disciplina iniciática na qual o guru supervisionava de perto o progresso do discípulo. Hoje em dia, porém, poucas pessoas se interessam ou são capazes de atender às exigências de um verdadeiro discipulado. Mesmo a prática do Hatha-Yoga, porém, quando levada a sério, exige um professor qualificado, pelo menos no começo.

Para os que vivem em regiões isoladas, existem livros, revistas, fitas de vídeo e de áudio e programas de televisão que podem oferecer informações impor­tantes sobre as posturas do Yoga. Porém, não pode­mos nos esquecer de que informação e orientação são duas coisas diferentes. Como as pessoas tendem a ser impacientes e querem desde logo praticar as posturas avançadas e mesmo as técnicas de controle da respi­ração, os acidentes podem acontecer e de fato acon­tecem. Por isso, recomendo enfaticamente que a pes­soa proceda devagar, passo a passo. Como as posturas yogues envolvem habilidades motoras, a maioria das pessoas que não podem ter um professor vai querer trabalhar com um vídeo. Existe um grande número de fitas de áudio e de vídeo no mercado.

* O autor se refere aos Estados Unidos, mas o mesmo se pode dizer, afortiori, do Brasil. (N.T.)

Obs. minha: O Método Iyengar possui um padrão mundial que orienta os professores certificados.

+ Ética no ensino de Yoga